sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Sobre o racismo

Não vi nada demais no vídeo do Rodrigo Lombardi quando eu li o que ele escreveu. Até  o defendi, porque a gente sempre acha que as coisas são distorcidas pro lado mais fraco, quando se trata de criticar atitudes alheias. E ele, ao citar Sammy Davis Jr. pra elogiar um branco, obviamente, no alto da efusividade e descabimento, acabou, sim, sendo preconceituoso. E isso foi levado às alturas na internet pra vincular ao racismo.

Honestamente, ele não tem intelectualidade suficiente pra ser racista citando um negro e indiretamente vinculando capacidade do negro que se destacava pelo talento no meio de brancos. E  fazendo disso uma identificação com ele. Ele sequer era nascido, então, nem fazia sentido o comentário, mas a verdade é que negro é feio na nossa sociedade. Bonitos são os brancos de olhos azuis. Este foi o contexto que ele deu: o negro, pra ser bonito, tem que ter talento acima da média. Isso é verdade. Infelizmente.

A gente pode pensar muito a respeito disso, mas deve acontecer uma retratação para que o assunto morra. Apenas queria deixar registrado os casos em que negro entra, que branco nem põe os pés: no boxe, no rap, hip hop, no soul, no jazz. Exemplos de lugares aonde brancos cantam como negros. Joss Stone é tida na mídia como uma branca com voz de diva negra do soul. Como assim? Amy Winehouse, idem.O melhor rapper de todos tempos, Eminem, é branco. E isso era pra ser ironia, só não é porque a gente sabe que botar o negro como privilegiado sobre  o branco é compensação de desigualdade. 

Então, meus caros, quando se tem o parecer ser mais importante que o  ser, teremos sempre o belo prevalecendo sobre o talento. Você não é racista se achar  o loiro de olhos azuis mais bonito, você o consome, fato. Você não precisa dizer que negro também é belo quando você realmente não acha. 

 Asim, você precisa dizer que  o negro é melhor que o branco pra não parecer que você  é racista?

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