O título quer dizer "Mesmo se você andar e andar", ou seja, ainda que você procure se distanciar, os problemas sempre ressurgem e as diferenças familiares também.
O filme é narrado pelo filho do meio. Ele está desempregado, mas tem vergonha de dizer á família, 40 anos, casado com uma mulher que tem um filho. Os três vão na casa dos pais dele, num almoço que acontece todo ano, em memória do irmão mais velho dele. para ele, é uma tortura, algo que, pra ele, sempremelhor evitar. Pra esposa, não, é um momento de aproximação das famílias.
Os pais são um médico aposentado e uma dona-de-casa dessas bem japonesas, tradicionais, que se ajoelham para cumprimentar os convidados. Ele, frustrado de não poder exercer mais a medicina, e , ela, de não poder cuidar mais dele e necessitar auxílio da filha.
A filha também é casada e tem um casal de filhos. Ela é mais neutra na família. Casou-se comum homem de pouca personalidade, que parece viver às custas dela.
E o outro personagem do filme é "você", um simbolismo do diretor para aqueles que certamente estarão identificados ali naquela família porque todas são iguais.
A primeira coisa que é evidenciada é a presença do irmão morto na lembrança de todos. As histórias da vida dele são relembradas, sempre como os melhores momentos da família. Até mesmo aqueles em que não fora ele que protagonizou, mas o filho mais novo. Depois, a indiferença do pai aos filhos. Ele se ressente de ambos não terem querido ser médicos como ele ou como o mais novo seria. Pais sempre querem escolher os caminhos que os filhos vão seguir. A primeira atitude reflexa de quando isso não acontece, é criar situações de repelimento. Uma forma de magoar, fazer sofrer o mesmo que eles sofrem. E, na velhice, o próprio pai se isola, fica anti-social.
A personagem mais sutil, e também cruel, é a mãe. Ela é aquela que sempre cuidou e, agora, quer ser cuidada. Quer que o filho a leve para passear de carro. Rejeita o enteado do filho e não o considera seu neto. Trata o filho como se ainda não tivesse crescido, porque não tem um carro (ela menciona várias vezes o sonho de passear no carro do filho), não parece estar bem financeiramente. Mas o mais cruel dela é visto em relação a um jovem, envolvido na morte do filho dela. Ela o convida para almoçar todos os anos, trata-o bem, parece que o ajudou nos estudos, e sempre vê que ele não cosnegue se estruturar. Debocha dele pelas costas, porque tem consciência de que é humilhante pra ele estar ali. É a vingança dela pela morte do filho.
Parece que a presença dos pais e do vínculo familiar influencia negativamente os filhos. Os sonhos de ambos ficam adiados, e há uma tentativa de se parecer feliz diante daquelas situações, não procurando enxergar a real intenção e motivo dos comportamentos dos pais. E um simbolismo disso é, quando, numa conversa, a mãe pergunta que lutador de sumô parecia o sujeito , visitante, de que eles debochavam. Ambos só lembram - ao mesmo tempo- depois que o filho estava no ônibus a caminho de casa. Ele, então diz: "É sempre assim, estou sempre um pouco atrasado".
O filme é narrado pelo filho do meio. Ele está desempregado, mas tem vergonha de dizer á família, 40 anos, casado com uma mulher que tem um filho. Os três vão na casa dos pais dele, num almoço que acontece todo ano, em memória do irmão mais velho dele. para ele, é uma tortura, algo que, pra ele, sempremelhor evitar. Pra esposa, não, é um momento de aproximação das famílias.
Os pais são um médico aposentado e uma dona-de-casa dessas bem japonesas, tradicionais, que se ajoelham para cumprimentar os convidados. Ele, frustrado de não poder exercer mais a medicina, e , ela, de não poder cuidar mais dele e necessitar auxílio da filha.
A filha também é casada e tem um casal de filhos. Ela é mais neutra na família. Casou-se comum homem de pouca personalidade, que parece viver às custas dela.
E o outro personagem do filme é "você", um simbolismo do diretor para aqueles que certamente estarão identificados ali naquela família porque todas são iguais.
A primeira coisa que é evidenciada é a presença do irmão morto na lembrança de todos. As histórias da vida dele são relembradas, sempre como os melhores momentos da família. Até mesmo aqueles em que não fora ele que protagonizou, mas o filho mais novo. Depois, a indiferença do pai aos filhos. Ele se ressente de ambos não terem querido ser médicos como ele ou como o mais novo seria. Pais sempre querem escolher os caminhos que os filhos vão seguir. A primeira atitude reflexa de quando isso não acontece, é criar situações de repelimento. Uma forma de magoar, fazer sofrer o mesmo que eles sofrem. E, na velhice, o próprio pai se isola, fica anti-social.
A personagem mais sutil, e também cruel, é a mãe. Ela é aquela que sempre cuidou e, agora, quer ser cuidada. Quer que o filho a leve para passear de carro. Rejeita o enteado do filho e não o considera seu neto. Trata o filho como se ainda não tivesse crescido, porque não tem um carro (ela menciona várias vezes o sonho de passear no carro do filho), não parece estar bem financeiramente. Mas o mais cruel dela é visto em relação a um jovem, envolvido na morte do filho dela. Ela o convida para almoçar todos os anos, trata-o bem, parece que o ajudou nos estudos, e sempre vê que ele não cosnegue se estruturar. Debocha dele pelas costas, porque tem consciência de que é humilhante pra ele estar ali. É a vingança dela pela morte do filho.
Parece que a presença dos pais e do vínculo familiar influencia negativamente os filhos. Os sonhos de ambos ficam adiados, e há uma tentativa de se parecer feliz diante daquelas situações, não procurando enxergar a real intenção e motivo dos comportamentos dos pais. E um simbolismo disso é, quando, numa conversa, a mãe pergunta que lutador de sumô parecia o sujeito , visitante, de que eles debochavam. Ambos só lembram - ao mesmo tempo- depois que o filho estava no ônibus a caminho de casa. Ele, então diz: "É sempre assim, estou sempre um pouco atrasado".