quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Even if you walk and walk


O título quer dizer "Mesmo se você andar e andar", ou seja, ainda que você procure se distanciar, os problemas sempre ressurgem e as diferenças familiares também.

O filme é narrado pelo filho do meio. Ele está desempregado, mas tem vergonha de dizer á família, 40 anos, casado com uma mulher que tem um filho. Os três vão na casa dos pais dele, num almoço que acontece todo ano, em memória do irmão mais velho dele. para ele, é uma tortura, algo que, pra ele, sempremelhor evitar. Pra esposa, não, é um momento de aproximação das famílias.

Os pais são um médico aposentado e uma dona-de-casa dessas bem japonesas, tradicionais, que se ajoelham para cumprimentar os convidados. Ele, frustrado de não poder exercer mais a medicina, e , ela, de não poder cuidar mais dele e necessitar auxílio da filha.

A filha também é casada e tem um casal de filhos. Ela é mais neutra na família. Casou-se comum homem de pouca personalidade, que parece viver às custas dela.

E o outro personagem do filme é "você", um simbolismo do diretor para aqueles que certamente estarão identificados ali naquela família porque todas são iguais.

A primeira coisa que é evidenciada é a presença do irmão morto na lembrança de todos. As histórias da vida dele são relembradas, sempre como os melhores momentos da família. Até mesmo aqueles em que não fora ele que protagonizou, mas o filho mais novo. Depois, a indiferença do pai aos filhos. Ele se ressente de ambos não terem querido ser médicos como ele ou como o mais novo seria. Pais sempre querem escolher os caminhos que os filhos vão seguir. A primeira atitude reflexa de quando isso não acontece, é criar situações de repelimento. Uma forma de magoar, fazer sofrer o mesmo que eles sofrem. E, na velhice, o próprio pai se isola, fica anti-social.

A personagem mais sutil, e também cruel, é a mãe. Ela é aquela que sempre cuidou e, agora, quer ser cuidada. Quer que o filho a leve para passear de carro. Rejeita o enteado do filho e não o considera seu neto. Trata o filho como se ainda não tivesse crescido, porque não tem um carro (ela menciona várias vezes o sonho de passear no carro do filho), não parece estar bem financeiramente. Mas o mais cruel dela é visto em relação a um jovem, envolvido na morte do filho dela. Ela o convida para almoçar todos os anos, trata-o bem, parece que o ajudou nos estudos, e sempre vê que ele não cosnegue se estruturar. Debocha dele pelas costas, porque tem consciência de que é humilhante pra ele estar ali. É a vingança dela pela morte do filho.

Parece que a presença dos pais e do vínculo familiar influencia negativamente os filhos. Os sonhos de ambos ficam adiados, e há uma tentativa de se parecer feliz diante daquelas situações, não procurando enxergar a real intenção e motivo dos comportamentos dos pais. E um simbolismo disso é, quando, numa conversa, a mãe pergunta que lutador de sumô parecia o sujeito , visitante, de que eles debochavam. Ambos só lembram - ao mesmo tempo- depois que o filho estava no ônibus a caminho de casa. Ele, então diz: "É sempre assim, estou sempre um pouco atrasado".

sábado, 22 de agosto de 2009

Mentira não faz parte da minha biografia

Então, mais uma uma vez a credibilidade da Dilma está abalada. E a frase: "Mentira não faz parte da minha biografia", que tem um ar muito mais inteligente que aquela usada pelo Agripino ano passado. O foco saiu do Sarney e foi pra Dilma, que movimentou os pauzinhos pra ferrrar o Sarney e ela foi junto. O mais legal é vê-lo sair e o foco todo ir pra ela.

A Dilma tem uma postura muito déspota. Muito cara de ditadura mesmo, de quando ela fez parte da gangue terrorista do Lamarca. Sendo que nunca disse verdades. Veja só que ela dizia que tinha mestrado e nunca apresentou dissertação, só fez as aulas.Falsidade ideológica. E desnecessária, porque Lula é o cara que mais incentiva a falta de estudo. "Que é um saco!"


A Dilma é malandra, mas ela não tem carisma e o PT está FODIDO, e , se depender de mim, pode afundar de vez, na lama e na merda. E o Lula junto com ele. Quero muito que continuem a negar o feminino o porque não quero ficar mais 4 anos lamentando. Espero também que aprendam o que é ironia nesse 1 ano, não precisem de 4.

domingo, 16 de agosto de 2009

A moment to Remember (2004)


O amor é o sentimento mais frágil e mais avassalador do ser humano. E é efêmero também. E, por mais intenso que ele seja, quando termina, o ser humano só pensa em esquecer. E o filme gira em torno do que representa o amor e as formas de amar. Desde amor de família, do amor impossível, imoral até o desamor, o ódio. Irônicamente, o amor protencionista é do pai em relação à filha, e o ódio repugnante é da mãe em relação ao filho. E pra este é que existe o perdão, que o filme define como dar somente um canto do coração para o ódio.

Sun-Ji é uma mulher de 20 e poucos anos que acaba de se separar de um homem casado. Um relacionamento que trouxe muito sofrimento pra ela e pra sua família. No dia que é abandonada,ela conhece Chul-soo, um homem áspero,moldado pelo ódio e rejeição que a mãe sente por ele. Um talentoso aspirante a arquiteto que trabalha numa obra como contra-mestre.

Sun-ji é determinada, segura, sabe o que quer, bem sucedida profissionalmente e cresceu rodeada de amor e proteção. Já Chul-soo é frio, desacreditado na vida, apesar de talentoso, vive a menos do que merece, sem esperar nada de bom da vida por ter vivido o lado ruim. Ela é completamente o oposto dele. E eles começam a namorar, quando ela descobre que sofre de uma doença que a faz esquecer das coisas. Ou seja, enquanto ele vai descobrindo o que é amar, ela vai esquecendo. E, no amor ,dar é receber, e o ápice de sua plenitude é a renúncia. Ela renuncia ao amor do homem casado quando vê que não existe possibilidades e pelo abandono. E ele tem que renunciar a ela por um desejo dela,pra retirar a agonia dele de sofrer por estar sendo esquecido.

E existe uma cena em que ela o chama pelo nome do ex, e diz que o ama e que ele começa a se questionar sobre quem ela realmente amava: ele ou o ex. Ela renuncia ao emprego, começa esquecer o caminho de casa,os parentes, tudo da vida dela e ele se nega a deixá-la. E quando esquece tudo, ela tem um ápice de memória e o abandona definitivamente, deixando um bilhete descrevendo a explosão de sentimentos, dando-se conta de que acabara de chamá-lo pelo nome do ex.

É engraçado que, pelas duas personagens, nota-se que nos esforçamos mais pra não esquecer dos momentos ruins e do ódio, que dos bons e o amor. E, que amar é abrir mão de nó mesmos em função daqueles que amamos.
Filme sul-coreano, de 2004.
Direção de John H. Lee


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Oportunismo e hipocrisia


Ninguém duvida que o sentimento de perda de um filho assassinado, para a mãe, é muito mais grave e doloroso que o próprio crime. E que qualquer punição nunca será justa quando tudo for analisado sob o ponto de vista dela. E, quando não é suficiente, fala-se em impunidade, que é um erro técnico. Impunidade quer dizer ausência da punição, tida como objeto dentro do Direito Penal, público, que pune. O sofrimento os danos morais são discutidos a parte, no Direito Civil, que tem natureza privada, pessoal.


E aí você pergunta a uma mãe qual punição ela quer para o assassino de sua filha. O que você acha que ela responderia? Morte? Não. Morte do assassino abrevia o sentimento dele, não o dela. Ela vai preferir que ele sofra. Mais cadeia ou constrangimento moral é sofrimento. Ir a público se manifestar, consciente das conseqüências, como se vestisse o papel de vítima da impunidade também é uma forma de punir. As pessoas respeitam o sofrimento da mãe, entendem os excessos, mas não vêem o oportunismo. Elas não compreendem a ressocialização e tudo que é dito por uma mãe em relação ao assassino do filho é legítimo.

E aí que a Glória Perez resolve se manifestar e perseguir publicamente os "assassinos de sua filha". Ela já faz isso há muito tempo, mas resolveu contar da proposta de matá-los feitas, por carta, por uma facção criminosa. Bastava que ela disesse uma palavra e, gratuitamente, em meia hora, os assassinos estariam mortos. Não sei se ela disse a palavra na entrevista, diz ela que sempre ficou atenta para não dizer.

Bom, uma autora famosa, desnecessariamente, dá uma informação como esta. Ninguém percebe que ela seria mandante de um crime de homicídio caso disesse a tal palavra, tornando-se igual, que isso se configura como uma ameaça em resposta ao programa "Sem Censura", quando o Guilherme ameaçou processá-la judicialmente por danos morais e que os danos que ela causa, ou poderia causar, caso dissesse a palavra, seriam muito maiores, chegando até a ultrapassar a pessoa dos "assassinos", atingindo parentes, filhos e também mães que nem ela.

É por isso que a justiça é feita pelo Judiciário; porque as pessoas não representam apenas um papel na sociedade. Não é a Glória a mocinha, mãe justiceira. Ela não é vítima. Pelo contrário. O que há aqui é uma inversão de papéis porque primeiro existe inversão de valores e o vício de julgar e tratar alguém pelo que é, não pelo que faz.


*Ela está proibida de falar o nome dos assassinos de sua filha. Então, o que ela faz: vai aos jornais e fala da novela, da personagem Yvone que quando vai pra cadeia , vira presa com bom comportamento. Porque,segundo a Glorinha, preso tem que ser rebelde, fazer rebeliões, pra ficar bem mais tempo na cadeia.E, obviamente, ela não pode,mas o jornalista lembra que o nome queela não pode mais mencionar.

domingo, 2 de agosto de 2009


Semana tensa. Depois de chamar os críticos da "Bolsa Família", que dizem ser este um programa assistencialista e "esmolador", de imbecis e ignorantes, vem o Exmo pres. da República, muito mais preocupado com o Corinthians que com a República ou com a saúde do vice-presidente, tratar do assunto futebol, a respeito da interferência ameaçada por ele de impedir que jogadores sejam vendidos em meio de temporada.

Sarney não é problema dele, porque ele não votou no Sarney, mas ele é um problema meu, porque EU NÃO VOTEI NELE. Eu tenho que aguentar uma pessoa como ele. Um ignorante para as funções de presidente da república. É humilhante! E justo agora, que ele desanda a bostear na mídia, o fã número um dele, Diogo Mainardi, é demitido da Veja. Deve estar à beira de um ataque cardíaco.

E ainda reclamam da exigência do diploma pra jornalista. Imagine se um presidente desse é popular e apoiado, quem , com ensino superior, vai ter alguma utilidade, ou poderá fazer alguma coisa, se somos nivelados por baixo em todos os aspectos.


VERGONHA!!!!!!!