segunda-feira, 22 de março de 2010

Preciosa( 2009)

Preciosa é um filme que trata de violência doméstica em todas as conotações que ela tem. É sexual, quando se trata de pai e filha e física e moral quando se trata da mãe. A vítima é uma menina de 16 anos, que teve a vida estagnada, e, traumatizada pela relação que ela sofre com a família dentro de casa. Estuprada pelo pai constantemente, tem 2 filhos dele: uma menina com problemas mentais, a quem chama de Mongo, e um menino. Ela recebe ajuda do governo, vai constantemente a reuniões com assistentes sociais para ganhar um incentivo que sustenta a familia. Apenas ela, a mãe é quem se aproveita do dinheiro. Não trabalha e faz com que a filha se prive da vida de adolescente pra cuidar dos filhos e servi-lhe como escrava.

A história em si é bem simples. Pra amenizar as cenas de violência suportadas pela protagonista, são interpostas cenas dela como uma "celebridade", um sonho onde todos estão adorando-a, um sonho que ela tem que se antagoniza com sua realidade.

O filme trata da perda da dignidade de uma pessoa. De bully. Precious sofre violência de todas as formas e é a única coisa que recebe do ser humano até aparecerem uma professora do curso de alfabetização especial do qual ela participa, a diretora, tentando ajudá-la, e a própria assistente social que, desconfiada dos abusos sofridos por Precious, corta o benefício, forçando a mãe a ir às reuniões. É forte, mas é um fato bem banalizado na sociedade. E não se trata nem do racismo., o enfoque é a violência da mulher * e de como há diferentes formas de reação. A avó de Precious cuida muito bem da neta, da mesma forma que cuidou da filha, mãe da Precious. Existe carinho e dedicação; a violência que ela sofre é do marido, e, tudo é descontado na filha. Pessoas que sofrem violência tendem a repetí-la em outras mais frágeis ou reagem como Precious, que, mesmo com toda passividade, quando tem a oportunidade, tenta reconstruir a vida. E existe uma omissão da avó, apesar de toda indignação que sente ao ver a filha cuidar da neta., o que faz dela uma cúmplice, não apenas uma testemunha.

A cena mais forte do filme é a cena final. Muito bem protagonizada pelas atrizes (incluindo Mariah Carey, que faz a assistente social). Lá, é narrado, pela mãe, como se deu o primeiro abuso sexual sofrido pela Precious aos 3 anos de idade. É uma cena que, a meu ver, teve um ruído. Existe uma diferença de intensidade nas atuações. A mãe durante o filme é bem dissimulada e, na cena final, há uma destoância porque ela parece sincera, comove a assistente, e a filha age de forma desdenhosa. Vale ressaltar que ela só estava ali pelo dinheiro, por nunca ter ido às reuniões. E isso era notório. Ficou uma dúvida.

* Há uma cena simbólica. A Precious conversando com a assistente pergunta a ela que cor que ela tem. E a assistente não se encaixa num perfil.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Avatar (2009)


A primeira informação relevante sobre este filme é a sua duração de 2h40min, o que vai demandar do telespectador tempo e paciência. Então, coragem. A segunda é de que não vale a pena, mas como todo filme americano que concorre a Oscar tem um apelo comercial surreal, não adianta a gente dizer que não é recomendável que as pessoas vão assistir do mesmo jeito. E, obviamente, o filme é o primeiro de uma série.

Trata-se de uma missão, a não sei quantos anos a frente daqui, num planeta chamado Pandora, onde vivem seres humanóides com uns 5 mts de altura, azuis e com rabo de rabo de cavalo, cuja descrição visual é a dos nossos antigos povos de baixa cultura. americano tem essa fixação com indígena e, quando não se trata de filmes de terror, os alienígenas são sempre culturalmente menos evoluídos que os homens. A vantagens dos aliens é que eles são fisicamente muito desenvolvidos e fortes e eles são o topo da cadeia alimentar. São mais inteligentes que os animais locais, têm dominância sobre eles e têm um contato mais pessoal com a natureza. Eles pedem desculpas aos animais que sacrificam pra comer. E, literalmente, são conectados a natureza. Tem essa coisa de consciência ecológica, até porque o filme mostra um reinício e os seres azuis são os protagonistas.

Jake Sully é um humano de coração bom. Ele se junta à uma missão substituindo seu irmão que estava a frente das pesquisas em Pandora, na construção dos avatares (que são uma espécie de robôs biologicamente criados pra interagirem com os navis afim de dominá-los). Como o irmão gêmeo do Jake morreu, ele entra no lugar. E ele é paraplégico. A função dele é , através de seu avatar, se infiltrar na sociedade navi, estudar seus costumes e negociar a ocupação do território onde existe uma reserva de um metal que, na Terra, vale 20 milhões de dólares, o kg. Na missão, também estão Grace, Sigourney Weaver, bióloga que está apenas interessada no estudo e um general bem clichezento responsável pela dominação através da força e do genocídio.

A história é bem óbvia, então, nem vou me prender muito a isso, mas o que eu acho interessante, digamos, é a forma como os navi's são tratados. Eles vivem como os nossos índios, num comunitarismo primitivo. E também, o filme quer remeter a um novo começo porque hoje nós vivemos num planeta completamente descompensado devido ao extrativismo e exploração ecoômica do homem que só destrói, não preserva. Em breve, a gente terá que se mudar pra outro planeta e vai ter que mudar e se conscientizar da preservação. Tem isso aí: a consciência ecológica. E os navis fazem o bom uso da natureza, com respeito a ela, que nós humanos não temos. E a função do Jake é essa também: ele representa o homem atual que quer caminhar a frente (lógicamente, ele é paraplégico, com o avatar, ele volta a andar e se apaixona com uma navi e faz sexo com ela), ex militar, que muda, tem um bom coração e ele vai querer ser como um navi. Da mesma forma que o Sting vê o Paulinho Paiakan. Existe um um interesse transindividual do Jake. Ele começa pensando em si próprio e no homem, depois ele passa a pensar nos navis, até pela ética da conduta amorosa. Aliás, temos aí na Grace e no Jake todas as modalidades de conduta ética sopesadas.

Postas as diferenças, dito que a mensagem do filme é válida, não há nada ali que você possa dizer que te impressiona. É um filme do James Cameron, que fez exterminador do futuroe a própria série Alien. Tem lá a crítica ao militarismo, sua associação ao totalitarismo, imposição pela violência, ao capitalismo, etc. E tudo tratado na melhor forma de vide-game. Inclusive, você pode ver o filme em 3D. Tudo muito moderno, mas pouco inovador pro que o cinema representa.


*Gostaria só de falar também da presença do Giovani Rigbisi e da Michelle Rodriguez que são dois diferencais nos gêneros que normalmente atuam. O primeiro é um excelente ator, que fez o Heaven que eu comentei há algum tempo e ela, é uma referência de filmes de ficção, como Resident Evil. Embora, coadjuvante, sempre se destaca. Sempre tem uma importância nos filmes. Ela prepara o caminho pro protagonista. Ela é figurinha fácil de ficcção, e o Giovani, bom, cinema arte não dá tanto dinheiro,né? Tá certo ele.

domingo, 7 de março de 2010

Tédio


Blog é um negócio que enjoa. Ainda mais quando você não tem os traquejos de modificar template. e mudar a cara do troço. E nem é falta de tempo porque isso aí eu tenho gastado bastante com coisas inúteis, como BBB, por exemplo, que eu faço todo ano. E eu estou torcendo pela Lia desde o começo e já falaram que eu como capim. Acho que ela é uma das melhores jogadoras de BBB que eu já vi. Com uma retórica sensacional. É aquela estratégia suicida que deu certo porque ela esteve do lado certo. E ela sacudiu o jogo, contou à sua maneira e preparou o terreno pro Dourado ganhar. E eu sei que mulher não ganha mesmo, porque é Pby que compensa. Só ver que Grazi = Carollini Honório.* E eu nunca torci pela Grazi. Hoje, ela seria sonsa. E BBB é jogo onde aquele que chega a final pode contar a históriado programa. O BBb 10 é o da Lia. Eu desenhei no msn dia desses a trajetória dela, do porquê de eu gostar tanto dela. Aliás, Só torço pelos não populares, fazer o quê? E foi útil, na ultima semana, descobri o filme " A órfã" pelo BBB.

Sobre esta edição, resumidamente:

Não é possível que nego não perceba que o Michel é falso. Eu estou adorando que a galera está metendo a cara, descendo o nível mesmo. O Dourado disse no primeiro dia, quando entrou ,que podia até perder uma perna. Aquilo ali é tudo pra eles. E veja você: a única pessoa com alguma classe, reserva e esperteza juntas é a Fernanda. Pra mim: Cadu, Dourado e Fernanda têm tudo pra final. Lia, com um honroso 4º lugar, senão conseguir tirar a Fernanda do páreo no caminho. As bichinhas saem, porque vão contra Dourado. Vão enfrentá-lo em paredão duplo. Porque tá fechado o novo lado b: Cadu Lia e Dourado estão juntos. Fernanda é neutra. Se a liderança for pra qualquer um deles, a tendência é líder indicar Serginho ou Dimmy e eles terem que votar no Dourado ou na Fernanda. A Lia sempre estará protegida e caso haja empate, a Lia sai do paredão. Já foi pra três, Dourado é campeão já, sendo que a cacau saiu com 62%, Lia 27%, Dourado 11%. Dourado figurou no paredão. Sinal de que a Lia está bem com o público.


E eu também resolvi lançar uma campanha anti-celular. Joguei o meu fora e, sinceramente, não faz falta. Achei até libertador. Filosofia mesmo. E há quem fique querendo me convencer que e´absurdo. "eu te dou um celular" e eu respondo que não é o dinheiro o problema. Aliás, dinheiro, pra mim, só é problema pra quem tem muito, pra quem não tem, como eu, o importante é a criatividade.

To pensando em migrar o blog pra ver se eu me animo.

* É claro que não em popularidade, mas em colocação. Vice campeã e com a vantagem de ter jogado e não de ter cumprido o papel de princesa. E, hoje, a Grazi não daria certo. Ninguém quer ser Grazi e muitas querem ser Priscila.