sábado, 1 de outubro de 2011

RIR

Eu sabia que não iria prestar muito você colocar axé e popzeira juntos.  Claudia Leite, que chama metaleiro de nazista, porque não aprecia o espetáculo dela e sua BURRA tentativa de fazer uma micareta com 100 mil pessoas.
Uma coisa é certa: o mau gosto das escolhas em alguns dias e a miscelânea que fizeram. É clássico isso, mas dia 25 foi um dos melhores da história. Showzaço do Metallica e Slipknot e o sensacional Motorhead, com Lemmy não tanto em forma, mas competentíssimo.

Daí, você vai pro Palco Sunset e vê Sepultura dando canja com Mike Patton, que se apresentou no dia anterior, que metaleiro não paga pra ver RHCP e Snow Patrol, com Milton Nascimento e Yuka, no mesmo palco que seria de Sepultura no dia seguinte. Muito fino, um dos melhores vocalistas, de uma banda sensacional chamada Faith No More, de graça, dando canja num dos, segundo os integrantes do Sepultura, melhores shows de suas carreiras. Palco secundário,amigo!

E o "melhor" show por conta de Legião Urbana + Orquestra Sinfônica Nacional, com Dinho batendo cabeça cantando "Por Enquanto"? Pitty, sem voz, cantando "Indios", e, pasmem, Flausino e Herbert Vianna - capenguíssimo, em nome da Geração anos 80, que ficava nas rodas de violão da escola, cantando uma banda, cujas letras não passam de colchas de retalhos de coisas já escritas. Destaques de um palco que já viu Queen tocar.

Clarividente que temos as cantoras de axé. Cláudia, vaiada, numa apresentação com Elton John e Rihana, e cantoras de boate, e Ivete ovacionada no dia dos deslocados, que amam Shakira e acham que Lenny Kravitz representa algo roqueiro. Rock é algo que o Brasil não conhece mais. Nossa música agoniza tanto quanto o socialismo cubano cede à globalização. Não existe mais espaço, não existe público que não conheça coisas boas advindas da internet. E eu culpo o difícil acesso a coisas boas o fato do Rock anos 80 ser tão cultuado. Não existe mais nada daquela época que possa sobreviver hoje.

A gente pede uma progamação melhor. Pede Pixies, Iron Maiden, Van Halen, Chris Cornell, Rolling Stones, de clássicos, ou Arctic Monkeys, The Kills, Yeah Yeah Yeahs, Two Doors Cinema Club, The Naked and Famous, do indie anos 2000. Zero 7, Nouvelle Vague, Mutantes + Rita Lee (não aquela coisa tosca da Zélia Duncan)pro lado mais alternativo. Algo mais criativo, mais novo. Algo que não seja tão apelativamente comercial ou de gosto duvidoso. As pessoas vão muito pelo evento.

E , sinceramente, essas coisas que se vê o ano todo, não deveriam se repetir, num momento em que artistas estão pouco criativos, ou com qualidade que não se compara a internacionais.