terça-feira, 25 de maio de 2010

Como se vê o mundo?

Eu não espero que alguém venha me visitar aqui. Não divulguei o blog, nem olho se tem comentários (nem sei se a gente vê post por post, ou se eles avisam quando a gente loga). Muitas coisas que a gente fala devem ficar só pra gente mesmo. Quem quiser saber que venha procurar. A internet é um espaço público e basta pôr no google, que, se você der sorte de ter criado um título criativo, haverá um link do mundo pra você. Aí, o mundo te enxerga. Não sei se eu quero isso.

Hoje, eu vi o blog de 3 nulidades da elite artística brasileira : Leandra leal, Luana Piovani e Carla Perez. Esta última é a que tem um blog melhor. A Carla Perez não tenta ser uma coisa que ela não é. Ela é simples, não teve bom estudo, mas não finge que teve e se expressa da forma que ela sabe. Eu acho isso bonito. Ela tem uma vida voltada para o que ela acha certo, pra família dela, para as “associações de caridade”. Tudo que ela escreve é dela, apesar da cafonice dos giffs, desenhos. E pasmem: levando-se em conta o grau de escolaridade e a quantidade de coisas, posso afirmar que ela tem menos erros de português que as outras duas. E quem tem fama de burra é ela.

A Luana e a Leandra gostam de escrever bonito, de copiar idéias, fazer poemas. Demonstrar conhecimento. Atrizes e atores brasileiros adoram isso: mostrar que lêem Nietzsche, Freud, Hegel e entendem perfeitamente. Da mesma forma que lêem e entendem a coluna do Veríssimo no Globo. E eu ainda acho cafona indicar clássicos pra quem lê um blog. Primeiro, porque não é leitura cotidiana e, segundo, porque é resultado de estudos e análises que implicam em você ler outras opiniões pra se encaixar dentro do que um ou outro autor pensa. Às vezes, só se faz isso na faculdade. Mas ali, a intenção é só inflar o próprio ego. E mostrar que lê difícil.


Enfim, era isso; as primeiras percepções do dia. E arrumando desculpa pra me manter ocupado. No dia que eu achar que isto pode ser útil pra alguém , eu me empenharei.
Por enquanto, até aqui, é segredo.

*16-08-2007

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Na natureza selvagem (2007)


Este filme, do Sean Penn, conta a estória de um jovem ,vinte e poucos anos,recém formado, que abandona família e todos os luxos pra seguir a filosofia “easy rider” natureba. Ele acredita que a felicidade é possível de ser alcançada sozinho com a natureza. Pra isso, se desvencilha do dinheiro, identidade, e segue anônimo numa jornada até o Alasca que durou 2 anos.

Embora seja algo discutível, o filme toma uma visão crítica do comportamento do garoto. Não chega a enaltecer sua atitude, tornando-o herói. Pelo contrário, a todo momento, existe um questionamento a respeito da ética dele. As pessoas que ele vai conhecendo no percurso, que o acolhem, o ajudam, discordam de vários pontos de sua forma de pensar. Um deles, o chavão da fuga da sociedade para a natureza, do individualismo burguês, busca da felicidade, da bondade do ser humano , etc. Tudo perdido em função do dinheiro. Aí, é que está um ponto importante do filme: ele conta com a solidariedade de desconhecidos, não se comunica com a família e não se apega a ninguém. Ele se mantém sozinho e assim permanece, sem qualquer vínculo. Nem mesmo o nome verdadeiro.

Daí, a moral indigesta do filme: a felicidade só é real, se compartilhada. Mas também poderia ser que ética não é algo individual, como também a civilização não se opõe á natureza.

É um filme muito bem retratado, com uma trilha especialmente composta pra ele,muito bonito de ser ver, o diretor capta bem o “espírito aventureiro”e, embora não haja intenção de questionamentos políticos, mas apenas retratar uma história real, é importante, que o espectador veja por este ângulo: da ética. E daí, forme sua própria opinião.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sra. Ironia

Sonhei que a gente estava falando sobre reservas de cotas pra hipossuficientes no céu , para as quais eu havia entrado. Você tinha acabado de saber que tinha um céu só pra você. Eu disse "que legal!" e você que não gostou porque só tinha graça se tivesse com quem dividir. Eu disse :"ainda bem que quem vai pra cota não precisa escolher".

Então, você me disse que era por isso que eu estava nas cotas: o lugar de quem não sabe escolher. E, como quem tem o próprio céu não pode escolher cotistas, não poderia me escolher. Eu disse: "obrigado, amor, bom saber que tem alguém com seu próprio céu que me escolheria pra dividí-lo". E você: "Bom por quê?, você merece ter um céu só pra você" Aí, eu disse :"não, porque, pelo que você disse, eu não saberia escolher com quem dividí-lo. Seria mais fácil não ter o céu".


Aí você achou que eu a queria como hipossuficiente tb. Eu disse que é fácil dizer que daria metade do seu céu pra quem não poderia dar (a gente sempre briga).

Moral da história: "Amor, com você, o céu não vale nada!"