Existem necessidades e pensamentos que você sabe que é preciso amadurecer anos ou décadas na mente do povo médio porque as pessoas só vêem através da necessidade, que não é apenas a falta, ausência, o imediato. E quando se fala em sustentabilidade, pronto, a gente sabe que é como falar de algo complicadíssimo, impossível de ser assimilado. O cara acha que tem que dar terra pra quem tem fome, incentivar a agricultura, a plantação de cana pra produção de etanol, mas ele nunca vai associar aquilo ao meio ambiente e à importância das polítcas PROGRAMÁTICAS de preservação. Ela, senhores, fala disso: o que não dá certo é o que não foi programado. Quando você teve aqueles apagões, nos tempos FHC e atual governo, foi falta de programação. Eles pensam errado. Eles acham que se preocupar com o ambiente não é importante, que a solução pro problema de energia é a construção de uma ANGRA 3 , termelétricas, biogás, que jogam CO2 na atmosfera. E estão, em nome da necessidade, querendo acabar com a licença prévia. E a nossa ex ministra do meio ambiente explica que não pode. Porque, pra se obter a licença prévia, primeiro, tem que se fazer um estudo de impacto ambiental. Você vai movimentar pessoas, animais, causar danos ao ambiente. Tudo isso com paciência, simplicidade e clareza de professora. O que ela quer que você veja é que há biomassa, as próprias hidrelétricas, entre outras fontes limpas de energia. Ela fala pra você que a biomassa, energia obtida a partir do bagaço da cana de açúcar, que poderia produzir o mesmo que várias Bello Monte, jogam no lixo Ela explicou porque ela critica a construção de Bello Monte, porque faltou planejamento e não viram os danos ambientais. E ainda precisamos ter um aproveitamento consciente, através de fontes confiáveis e seguras. Energia nuclear não é segura, mas isso não interessa para os demais candidatos. E , pela segunda vez, vemos uma eleição em que ex-petistas são os melhores candidatos. Cristovam Buarque foi nas últimas, e também Heloísa Helena, e agora, bem mais a frente, está a Marina.
E não é apenas a preocupação com meio ambiente e fontes de energia a preocupação dela. É o ponto de partida. Ela fala pra você o que ela fez enquanto ministra do meio ambiente, cargo que ela renunciou, porque o governo do plano de aceleração do crescimento implicaria em beneficiar particulares riquíssimos, inclusive dando terras a donos de frigoríficos na Amazônia. E ela vai pontuando para que a entendam, que ela não representa uma oposição pela oposição. Ela verbaliza que o critério dela seria outro. Ela pensa no interesse público e na ponderação. Ela não acha que tem que se dar terras aos pobres, tirando de particulares, mas, se for pra doar, que sejam para os pobres, não pra particulares. Isto é relativização. Dá pra perceber que, com os mesmos termos numa mesma frase, podemos dizer coisas completamente opostas? Que não adianta apenas isolar os termos em si condiderados, como se faz na política?
Mas como nós somos um povo domado, um povo prestes a voltar na Dilma, um povo que adora bolsa família e ser chamado de classe média, uma candidata que representa claramente uma INOVAÇÃO não tem chances.
Eu já vi entrevistas, eu já sei o que ela propõe, eu poderia falar horas sobre ela. Pra mim, o novo. Quero falar do Serra também, mas a Marina tem meu coração. Por enquanto, só tenho curiosidade nela. Estou maravilhado mesmo.
E não é apenas a preocupação com meio ambiente e fontes de energia a preocupação dela. É o ponto de partida. Ela fala pra você o que ela fez enquanto ministra do meio ambiente, cargo que ela renunciou, porque o governo do plano de aceleração do crescimento implicaria em beneficiar particulares riquíssimos, inclusive dando terras a donos de frigoríficos na Amazônia. E ela vai pontuando para que a entendam, que ela não representa uma oposição pela oposição. Ela verbaliza que o critério dela seria outro. Ela pensa no interesse público e na ponderação. Ela não acha que tem que se dar terras aos pobres, tirando de particulares, mas, se for pra doar, que sejam para os pobres, não pra particulares. Isto é relativização. Dá pra perceber que, com os mesmos termos numa mesma frase, podemos dizer coisas completamente opostas? Que não adianta apenas isolar os termos em si condiderados, como se faz na política?
Mas como nós somos um povo domado, um povo prestes a voltar na Dilma, um povo que adora bolsa família e ser chamado de classe média, uma candidata que representa claramente uma INOVAÇÃO não tem chances.
Eu já vi entrevistas, eu já sei o que ela propõe, eu poderia falar horas sobre ela. Pra mim, o novo. Quero falar do Serra também, mas a Marina tem meu coração. Por enquanto, só tenho curiosidade nela. Estou maravilhado mesmo.