quarta-feira, 1 de junho de 2011

Falácias

Detesto discursozinhos retóricos. Acho que você pode ter a opinião que for, mas desde que seja coerente com o que você pensa, não adaptada aos discursos dos dos outros que você defende. Sou advogado. Isto está no meu sangue, então, vai ser meramente institivo analisar o discurso de alguém e pescar a originalidade dos pensamentos. Eu vejo isso no Bolsonaro, não vejo no seu opositor Jean. Detesto o termo heteronormatividade. Detesto reducionismos com base em estereotipização da oposição.

Basear-se em direitos humanos é algo extremamente complicado porque sempre que você os invoca, você vai defender uma relativização e, para a democracia, isso só é relevante a partir da análise imparcial e neutra. Não dá pra você gritar que seus direitos humanos são ofendidos e querer que o Estado compre suas idéias e as coloque num patamar acima dos direitos da maioria das pessoas. Direitos de natureza diferentes. E isso nos argumentos ad hominem está sempre fundamentado em dados estatísticos que a minoria vai dizer que se dá por falta de informação. Odeio empirismos em discussões porque dão sempre margem a discursos falaciosos. A pessoa se dá autoridade pra impor porque contra fatos, não há argumentos e a gente fica naquela velha história de se perder tempo com uma coisa que não está aberta à discussão.

Na faculdade, tive uma professora, chamada Maria Arair, que disse uma das coisas mais relevantes da minha vida:"se você não está aberto a mudar sua opinião, nem comece o discurso". E é assim que eu vejo os anseios políticos das frentes pró-minorias. Não são discutíveis, porque são levados a status de urgência. Não há democracia aí. Isso só comprova a teoria furada dos direitos humanos usados em vão pra relativizar interesses privados. Liberdade num estado democrático é ilusão porque democracia é uma palavra feia, que gera palavras feias. E uma palavra que certamente não rima com ela é respeito.

E o Jean Wyllys me incomoda porque ele é uma farsa. A causa que ele defende é ele mesmo. O seu recalque de não ser unanimidade em reconhecimento. Ele é uma pessoa que pensa ter nascido pra receber aplausos porque ganhou Big Brother. Ele dá "sustentação" à sua luta porque recebeu ameaças de morte pelo twitter. E ele está na câara, apesar dos 13 mil votos, por causa do Chico Alencar, mas quer fazer diferença, mesmo que a sua existência como deputado não esteja relacionada à representatividade.

Não vou postar a entrevista dele na Marília Gabriela, porque este assunto se encerrou com o pronunciamento da Dilma semana passada. Só isso.

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